Acompanhando o tédio

Aqui se encontra uma história... que pretende crescer. Gostaria que todos a apreciem, se não, pode haver uma troca de opnioes! Obrigada

Prólogo.

Voltei à realidade, mas não queria. Tive que respirar, pois a morte ainda não me quer.

No meu mundo de devaneios e escuridão, nada pode fazer a luz entrar, a não ser que...

Esqueça!

1. Viagem pressuposta

Era uma manhã fria de inverno, como sempre era aqui no Sul, realmente um inescrupuloso inverno. Já estava quase na hora do alvorecer, entretanto queria voltar a dormir, queria voltar ao meu sonho ou pesadelo, pois eu estava no meio de uma multidão na qual todas as fisionomias me eram irreconhecíveis. De fato, eu estava determinada a retomar meu devaneio, pois nada melhor do que o desconhecido.

E então “melhor” que isto, minha companheira de quarto grita:

- Acorda garota! Senão seu avião sairá sem você!

Então, levantei-me desesperadamente na esperança de tomar uma ducha quente e me vestir.

**************************

Entrei no avião despedindo-me do Brasil, pensando em como seria quando chegasse a Madri – um suspiro toma conta de mim – E a dúvida da aceitação pairava sobre meu inconsciente, entretanto o avião já havia se retirado do chão.

Não há mais volta, desistir não adianta mais. Sem dúvidas, a exaustão tomara conta do meu corpo, adormecer foi inevitável, e então voltei ao meu devaneio...

Ele chegava cada vez mais perto, e então parecendo como por encanto, já com os olhos fechados, na obscura noite; ele me afogou com seus lábios e suavizava seu tato indo do álgido ao canto mais ardente do meu corpo. E eu me perdia em gestos, sensações e gostos desconhecidos, na ânsia de desfrutar e olhar-lo nos olhos e com isso fui soltando-me pouco a pouco... E quando finalmente veria o agente do meu desconhecido encanto...

- Senhorita, o avião já pousou, por favor, acorde. Disse a comissária de bordo.

Atordoada por causa das gotas de suor percebi meus lábios úmidos, como se houvesse acabado de beijá-lo . Peguei minha bagagem de mão e fui esperar minhas outras “pequenas malas”. Na verdade, não sabia exatamente quanto tempo ficaria aqui fazendo “visita”. Será que irão me aceitar? Uma família já estruturada, com uma mãe, pai e dois filhos homens. Bem já havendo um frio em minha barriga por conhecê-los, teria também que me apresentar e falar espanhol, afinal eles moram em Madri, centro da Espanha, maldito pressagio. Não é que seja difícil, porém aqui eles falam muito rápido, atenção é muito importante. Observar é um dom!

Andando pelas ruas, meio estonteada em busca do tal endereço, pensei melhor e peguei um táxi até a casa dos Fernandes.

Era um bairro todo feito por casas enormes e uma delas tinha um destaque diferente, creme e verde clara com o jardim maior do que das outras casas; olhei o endereço e verifiquei com o motorista se realmente era neste local que eu deveria parar. Ele me confirmara... Era simplesmente aqui.

Pulei do táxi, paguei a “voltinha” com uma gorjeta mais gorda do que o normal, pois ainda não tinha muita pratica com a nova moeda em minhas mãos, apesar de ter visto e lido sobre boa parte das coisas daqui; pois no Brasil dar uma gorjeta equivalente a 30% da corrida é loucura porque lá ninguém se quer dá gorjeta!

Da mesma forma o motorista ficou maravilhado e me perguntou se ele estava sonhando, respondi que não e que ele merecia. Ele me ajudou a colocar as bagagens para fora do porta-malas e então ocorreu o que havia esperando por tanto tempo...

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